Como dissemos, Teresa também esteve neste dilema e desabafa ela:
«Oh Valha-me Deus, como me espanta a dureza da minha alma, apesar de ter tido tantas ajudas de Deus! Faz-me andar temerosa ao ver o pouco que eu podia e quão atada me via para não me determinar a dar-me de todo a Deus!...eu me admiro agora como podia viver ...» (V. 9,8)
Se a luta contra a imaginação e a exteriorização era uma das causas - e segue sendo! - agora juntam-se-lhe outros:
- O ativismo que mata a capacidade de oração e a possibilidade de contemplação, precisamente pelo excesso de actividade. Uma actividade boa em si mesma...mas o excesso mata a capacidade de relação e interioridade na intimidade com Deus!
Disse João Paulo II «Para encontrar-se com o Mistério, exige-se paciência, purificação interior, silêncio, espera!».
É imprescindível vivermos atentos que é o contrário ao que estamos habituados. Infelizmente a ausência e a distracção é praticamente o nosso estado habitual...
No meio da agitação extrema...como poderá a serenidade brotar? ...