A interioridade do recolhimento nos submerge gradualmente no silêncio, numa obscuridade tripla mas necessária:
- A da obscuridade do mundo, que se deixa ao fecharmos os olhos para entrarmos dentro de nós
- A de um Deus que é um Deus do silencio, escondido dentro de nós!
- A de nós mesmos!
- O mundo não pode entender o gesto de fecharmos os olhos para entrarmos dentro de nós mesmos...A exterioridade tem muita força quando a fé não é forte! e a exterioridade e a superficialidade - estar fora do Castelo Interior da nossa "alma" - mata a capacidade para a experiência mística verdadeira, que é verdadeira relação afectuosa.
- Gostariamos que Deus se manifestasse, assim logo á primeira...sem nenhuma paciência da nossa parte. O silencio deste Deus escondido, é pedagógico e necessário! Não O podemos conhecer se não estivermos nas condições mínimas para essa experiência pessoal de relação.
- O Recolhimento nos submerge na nossa própria unção (Jo 2,26-27) interior. É ali onde brota a força, a sabedoria que nos ensina e transforma a nossa vida e o nosso olhar. Quando o orante se submerge dentro de si, oculta-se incluso a seus próprios olhos, aceita essa «morte» a tudo quanto é visível para «perder-se» na Infinita beleza da sua fonte interior....